Eu,que tanto falo
em liberdade,
estou presa aqui,
com você,
na amplidão infinita
deste lugar,
céu e mar.
O quanto posso
contra a força
da maré?
Pois a dor que senti,
esta sim imprevista,
ainda não conhecia.
Nó na garganta
de um dia inteirinho
e a pergunta que se faz
para si:
vale a pena
abarcar esse sentimento
que, vez ou outra,
emergirá, em forte onda?
Respondo-me que sim...
Mas, enfrentar a maré,
até quanto posso?
Até que mude.
Ou eu me mude.
Falta-me o ar,
às braçadas,
para traçar
o plano de fuga.
Um barco
que aviste,
sair da ilha,
tábua de salvação.
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