Sirizinho
se esconde,
fica pelos cantos
aonde supõe sumir.
Mas a verdade
é claridade
que se faz ver.
Que saia das frestas
escuras, enfrente.
Venha para a luz,
sol em festas,
que seduz...
Está no caminho
entre as pedras,
move-se
de lado a lado,
junto,
mas sempre sozinho...
E agora,
deitar-me
e pegar um livro,
até o sono chegar...
Não sem, antes,
deixar a janela
aberta,
que você irá voltar...
Passará ao largo,
quando for nascendo
o dia
e, assim, imagino,
os seus pensamentos
virão
sem os obstáculos
da veneziana
e da vidraça,
chegarão até mim
com a brisa
da praia,
como um ensaio
metafórico
até o sonho
chegar...
11/09/2023