quarta-feira, 2 de julho de 2014

Paradoxo

Não contamos a ninguém como o nosso amor nasceu,embora tenhamos o ímpeto de gritar aos quatro ventos,segredo improvável sussurrado ao universo...

Nos conhecemos em circunstâncias do mundo moderno e,no amor,nos reconhecemos bem antiquados...

Não aceitávamos qualquer idéia de separação,embora esse evento,acontecido para cada um de nós num passado mais ou menos recente, é que tenha propiciado o nosso encontro nessa vida...

O que trouxemos desse passado mais ou menos recente nos é absolutamente precioso mas gera interferência e conflito.

Somos,enfim,almas sofridas,despedaçadas em partes que nos dispersam...

Mas a atração é irresistível e forma um todo de confusão e permanência,com a dor permeando até o enfim sós - oposto da solidão -da maturidade,prestes a chegar,trazendo consigo a perene presença do cuidado,da companhia,para todo o sempre e além dessa vida...