Nada contra quem quer continuar escondendo os branquinhos. Mas eu considero que, para manter os cabelos tingidos, eles tem que estar impecáveis. E não é o que acontece com a maioria. Nada mais feio do que estar com os cabelos tingidos e deixar aparecer fios brancos perto da raiz, ainda que sejam poucos. E, para eu manter os meus assim impecáveis, eu já estava precisando retocar a raiz a cada 10 dias mas não tinha paciência para ficar 6 horas por mês no salão. Descolorir, para ir ficando cada vez mais loira também acho estranho, não quis, pois além disso, já não seriam 6 horas por mês, mas o dobro. Sei do que estou falando, pois experimentei essas coisinhas já.
E o stress de precisar agendar o horário quando os fios estão crescendo e a raiz querendo aparecer? E a ansiedade nas viagens mais longas? Antes disso, eu já admirava as mulheres que deixavam os cabelos naturais: isso diz muito sobre a pessoa. Musas inspiradoras para mim. O etarismo direcionado especificamente ao feminino é muito forte em nossa cultura; não é a toa que o Brasil é o segundo país que mais consome tintura para cabelos, só perdendo para quem? Adivinhem! Os EUA. Infelizmente o nosso país segue imitando os norte-americanos. Pensemos: quem não tem, absolutamente, cabelos brancos deve estar com uns 30 anos. E não, eu não quero tentar parecer que tenho 30 anos, até porque os cabelos são apenas uma parte do conjunto, né ?(risos). Bem, os cabelos naturais são mais saudáveis e, sim, aparentam isso em comparação com os tingidos, que dias após o procedimento, já ganham opacidade e perdem movimento. Para não perder brilho, acaba sendo “necessária” a famosa selagem ( que também tem prazo de validade), a qual é feita à base de formol, o que é prejudicial à saúde (as tinturas devem ser, também, mas em menor grau). Só pra não ficar assim tão purista, fiz uma mecha colorida, em uma localização bem discreta na cabeleira, de baixa manutenção, pouquíssima química, pra brincar com o visual , outsider (como dizem aqueles gringos lá -risos), pra mostrar que a idade é só um número.
“Liberdade é pouco. O que eu quero ainda não tem nome” Clarice Lispector
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