segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Três Poemas para a Consciência

Viu-se só.
deixara de ser...
Sofria!
Nada era,
assim,
apartado dos seus...
Antes do engenho de açúcar,
amargo passado,
determinando
o que haveria de vir:
fuga frustrada,navio negreiro...
Exposto na feira;
dali,para o cativeiro...
Entre troncos
e correntes,
aprendeu:
valia
por seus alvos dentes?!


Não existe
cor,nem raça,
nem características aparentes...
Há,somente,sangue
pulsante,
artérias,veias,
ossos,músculos,
um coração ferido...
E,antes de tudo,
o espírito,
que resta intangível
e não é negro
mas claro,
como a aurora
de um novo dia...

Nervos
à flor
da (negra) pele
diante
do gesto cruel,
discriminante.
No entanto,o clamor
("sou gente"!)
é sufocado
pela brutalidade
da ação
que decepa
até mesmo a intenção
de defesa,
ignorando
a dor plangente...
#escritosNaDécadaDe80

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