sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Quando você vem...?

Qualquer
noite,
não
essa...
Não 
se afoite
que,paixão
urge,
ressurge,
quando quer,
coração!
Mas (quando
você vem?),
meu bem,
é bom não
ter pressa...

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Na vida de cada pessoa...



Na oração

da criança,
seja decorada
ou naturalmente
falada
(sempre na intenção
de a Jesus se achegar),
se sente
que sabe o que diz.
Pela mãe daqui ensinada
(pois assim Deus o quis),
não são palavras ao léu
mas para a "Mãezinha do Céu"...

Até quando a reza se cala
e vem o pranto em seu lugar
é Ave Maria no choro
(esperança)...
ou no coro
de um altar,
para os noivos casar...

Na medalhinha cunhada,
na pele tatuada,
na imagem singela
(apenas enfeita a sala?)...
Não importa,é Ela...
Um dia
vem para tocar:
levar a tristeza embora
e trazer uma coisa boa!

Assim é Nossa Senhora
na vida de cada pessoa...

sábado, 24 de setembro de 2016

Acho o seu nome lindo
e,de você,era tudo
o que eu sabia...
Mas,agora,como explicar
que,ao lhe ver
e atribuí-lo à pessoa,
incontida é,então,a vontade
de pronunciá-lo,
à repetição,
para ouvi-lo
em minha própria voz?
Ah,não adivinhe
que o seu ofício
é o que mais admiro
nesse mundo
e,fosse apenas isso,
quase me bastava...
Fique,somente,
com a poesia do desejo
que nos trouxe,urgente,
para essa celebração
da vida!
Fique.
E demore.


segunda-feira, 12 de setembro de 2016

O Avesso do Claustro

Não,não é plágio.

O Avesso do Claustro é o nome de uma peça que NÃO fui assistir no Mirada,Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos.À dita "dramaturgia suscitada enquanto missa profana e poema",inspirada pela "lira do bispo poeta",FALTEI.

É que faltaram-me os vinte mangos - moeda santista - ou,ainda que não me tenham faltado,comprometi-os em,digamos,um evento futuro,simples como um almoço ou idas e vindas em transporte coletivo ou nesse aí,alternativo,tão em moda.Você há de convir que comer e mover-se pela cidade também são coisas importantes!Também havia a presença do filho caçula em casa,tão irresistível...

Fiquei.Mas fiquei a imaginar a partir do tema ou a deriva de Dom Helder,velho conhecido,o cara.Bem que ele me apoiaria nessa minha distância precavida de hoje em dia, do clero  e de leigos engajados (argh!)).E,não,não se surpreenderia por constatar a permanência na Fé,esta sim,inabalável,quanto prática.

À prática sou grata,sobretudo,pela minha profissão...mas,por que ser grata, se foi chamado,vocação?Por isso mesmo.

Fato é que fosse eu publicitária ou estilista,por exemplos,não saberia o que fazer e teria,sim,que ir a algum lugar,de vez em quando ou em todos os domingos,para me lembrar do que sou e de como agir,ou não.

Mas o bispo poeta sabe da minha comunhão.E Jesus?Ah,esse eu encontro todos os dias,logo pela manhã - em muitos rostos - e lhe pergunto: "Olá!Como está?Sente-se melhor?Se precisar de algo,estou por aqui,irmão..."


segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Presente do Caminho


Presente do caminho...

O mesmo menino
do passeio de mãos dadas
e do beijo roubado...

Não pode ser...

Tanto tempo...
Tanto faz,
que só consigo ver
beleza...
O destino
trouxe 
e você veio...

E pode ser...

O mesmo menino
do passeio de mãos dadas
e do beijo roubado...

sábado, 30 de julho de 2016

Se,um dia,notei
então,neste acaso,
por que não?

Mas é preciso fôlego,
que caminho rápido
e vou longe!

Fôlego
para mais meia vida,
que a vida é,sempre,
inteira!

Quem não tem
logo se vê...
Fala que vem
e não vem...

Ah,o engano..
...que teus olhos
diziam sim!

Mas,sou eu
quem está em forma,
enfim...

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Peso

Nuvens pesam
e me lembro
de seus olhos

tristes
castanhos
que se fazem cinzas

poeira
de um desejo
que já não há


Deixado longe
onde não quer
voltar

Olhos nublados
mas temem
pelo inesperado

O meu pesar
por seu medo
de tentar



domingo, 17 de abril de 2016

Visita

Na pele fria 
e úmida,
as mãos buscavam
o toque,
a boca pedia
um beijo
que impedisse 
que a alma lhe escapasse...não!
Não nessa noite
quente, 
de céu limpo:
lua clara e estrelas suficientes...
Que estávamos é para a luz, 
para a vida,
para ver o mar
e descobrimos 
um lugar comum,
palavras doces,
um santo remédio...