No princípio houve a intenção, suprema a qualquer outra, da Criação Divina... e meu espírito já pairava sobre ti.
Daí, humanizou-se um Amor tão intenso e capaz que trouxe consigo informações de um tempo longínquo que, decodificadas, conceberam-me tal como, então, sou: única, Mônica.
Depois veio uma escuridão macia, quente, úmida, irrigada por uma seiva farta. Aconchegava-me ,para melhor ouvir-te...tua voz era o meu silêncio...
Protegida, segura, meu ser impregnava-se de inspiração para a poesia de hoje, com um coração que pulsava na frequência do teu...e contigo se alegrava e contigo sofria pelo que haveria de vir...
Mas tive que expulsar-me, em vida, para os teus braços e (oh!) para o mundo: foi quando o amor já não cabia em teu ventre...
Chorei, pois tive a fugaz consciência de tudo quanto me iria acontecer até que se concluísse o plano de Deus para mim...
Respirei, enfim, a felicidade de te fazer atingir a plenitude da feminilidade;de te fazer,em êxtase e dor,(minha) mãe!
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