Na praia, a placa
fincada na areia,
molhada:
"cuidado, perigo"!
Nela, o desenho
de uma caveira: morte!
Não desdenho,
nem nada,
que quer alertar
sobre os perigos do mar.
Mas não aplaca
o prazer de dele desfrutar
pois que, com ele, o mar,
já tenho intimidade.
Conheço os limites
que me impõe,
a localização
das correntes de retorno.
E, como não tendo a retornar,
apenas me entrego
às ondas que levam adiante.
Assim, a placa, a caveira,
só me lembram que ela existe.
Ela, a morte.
E só me faz pensar
(que sorte!)
em como é bom
estar viva!