sábado, 27 de dezembro de 2025

Na praia, a placa

fincada na areia,

molhada:

"cuidado, perigo"!

Nela, o desenho

de uma caveira: morte!

Não desdenho,

nem nada,

que quer alertar

sobre os perigos do mar.

Mas não aplaca

o prazer de dele desfrutar

pois que, com ele, o mar,

já tenho intimidade.

Conheço os limites

que me impõe,

a localização

das correntes de retorno.

E, como não tendo a retornar,

apenas me entrego

às ondas que levam adiante.

Assim, a placa, a caveira,

só me lembram que ela existe.

Ela, a morte.

E só me faz pensar

(que sorte!)

em como é bom

estar viva!